Pandemia mostrou que a modalidade veio para ficar, mas requer regulamentação e precisa ser profissionalizada
O modelo de consulta presencial já se mostrou falido e inviável para atender a alta procura. É preciso implementar um novo conceito para desafogar esse processo e melhorar a qualidade do atendimento em um país com as dimensões continentais do Brasil. Para o autor desse diagnóstico, Chao Lung Wen, o conceito precisa ser profissionalizado, mas é irreversível.
“A telemedicina se mostrou o melhor Equipamento de Proteção Individual (EPI) digital existente”, afirma Wen, chefe da disciplina na Medicina da USP. “É uma forma de proteção sem perder a possibilidade de atendimento, médico e paciente podem ser da população de risco.”
A lei 13.989, aprovada em abril, autoriza as consultas mediadas por tecnologias e a emissão de receitas médicas digitais, desde que tragam a assinatura eletrônica do profissional. Este, por sua vez, é obrigado a seguir os padrões normativos e éticos do atendimento presencial e informar as limitações da modalidade ao paciente. Ao fim da pandemia, caberá ao Conselho Federal de Medicina (CFM) a regulamentação definitiva.
Fonte: Folha de São Paulo
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