Diante do esgotamento dos leitos públicos de terapia intensiva, entidades médicas lançaram nesta sexta (9) um documento com recomendações para a triagem de pacientes em UTIs respeitando critérios clínicos, éticos e jurídicos. Segundo a Folha de S.Paulo, Pernambuco é um dos estados que já utiliza uma espécie de calculadora, o EUP-UTI (Escore Unificado par Priorização), que auxilia médicos a escolher quem deve ser atendido prioritariamente. Na prática, é decidir quem deve ser escolhido para acessar prioritariamente o leito porque tem mais chance de sobreviver, a partir de informações técnicas sobre a vitalidade, a presença de comorbidades e a fragilidade dos doentes. O documento, elaborado pelas associações de medicina intensiva, de geriatria, de emergência e de paliativa, é endossado por um comitê da AMB (Associação Médica Brasileira), composto por 14 diferentes especialidades, entre elas a dos infectologistas, pneumologistas e médicos de família. O modelo utiliza dados relativos à gravidade do quadro agudo do paciente, a presença de doenças avançadas e ao estado de saúde física. A idade dos doentes não é utilizada como critério único de triagem. Segundo César Fernandes, presidente da AMB, a proposta é dar transparência a um processo que já é realidade em muitos hospitais, a de escolha do paciente que vai para a UTI. “É para que a população fique tranquila com o fato de que existe um método, um princípio. Até porque o nosso país é o do fura fila. Estão furando fila até na UTI”, diz ele. O documento segue diretrizes internacionais e reconhece que em situações de crise só é possível salvar o maior número de vidas se forem identificados os pacientes que têm mais chances de sobreviver ao receberem os recursos escassos. Nos casos clínicos muito parecidos, em que mesmo com o uso dos critérios técnicos houver um “empate”, o documento sugere que uma comissão de arbitragem, formada por dois profissionais intensivistas e um não médico, tome a decisão com mais independência. Fernandes, porém, já prevê críticas. “Tem gente que vai dizer ‘agora a AMB lançou uma ferramenta para decidir quem vive e quem morrer’. Já ouvi isso. Se pudéssemos evitar isso, seria ótimo. Mas não podemos nos omitir frente à realidade. Não podemos achar que o silêncio da omissão nos deixa tranquilos. Precisamos ter essas ferramentas defensáveis, auditáveis e ética e juridicamente suportáveis”, diz. (Fonte: NK Consultores)
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